Partilhar

Desconto: 10%
10,80 € 12,00 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

Os poemas passionais que o leitor tem em mãos, muito distantes do velho amor romântico ou da anêmica paixão pós-moderna, são a expressão viva de uma minuciosa revolta. Mas não, como é usual, apenas contra o ser amado ou o vazio deixado pelos afetos que a vida esgarçou. A revolta, aqui, tem por objeto central a própria condição humana. "Falo demais, exponho crateras (...), zarpo para o alto mar por não suportar a firmeza da terra", lemos no poema IX, para logo a seguir descobrirmos que não há cais possível nesta circum-navegação poética: "Sem partir, parir, pirar, planar, procurar, não sei permanecer". O caminho é longo e passa pelo desmascaramento do machismo "Se eu for menos tu serás mais"; por mergulhos líricos "Tenho nas mãos a tua ausência"; pela lama rasa do mundanismo "Serei a que paga as contas do meu rosário com o meu odioso salário"; ou pela aspiração à sabedoria "Um dia, quando souber ser feliz, serei silenciosa". Entre o corpo aprisionado na distopia do amor e o atordoado espírito que sobrevoa os rastros do caos, ficamos com a poesia inquieta de Rita Tormenta, vertida em palavras que sangram luminosamente.

Ler mais

Autor

Rita Tormenta

Rita Tormenta nasceu em Abril de 1970 no Porto, cresceu em Lisboa, e habita em Almada desde 2018. Estudou Teatro, concebeu coordenou e executou projectos na área da educação para a sensibilidade.

Tem 5 filhos, 1 gata, 3 vasos com plantas suculentas, alguns livros, uns fones, uns óculos para ler, e da sua varanda avista o Tejo.

Em 2022, a convite do Festival Mental, editou o livro, o primeiro, Centrifugar Angústias a 1600rpm.

Não escreve poesia mas gosta de a ler.

Ler mais