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Sinopse

O artista é o grande centrípeto a centrifugar o mundo.
[Pedro Proença]

Este livro foi publicado pela ocasião da exposição «O Riso dos Outros», de Pedro Proença, com curadoria de João Gafeira, realizada no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, entre Outubro de 2018 e Março de 2019.
Pedro Proença é artista plástico. Quero dizer: autor de desenhos, pinturas, instalações. Mas também escritor de inúmeros livros, publicados (nem sempre fáceis de encontrar) ou inéditos: poesia, ficção, ensaio, textos híbridos, de classificação fugidia. Muitas vezes, ilustra os livros que escreve; ou talvez: escreve a partir das imagens que compõe; e ainda: cria as fontes tipográficas desses livros, a meio caminho entre escrita e desenho; etc. Nos anos 1980, fez parte do Movimento Homeostético, com Manuel João Vieira, Pedro Portugal, Ivo, Xana, e mais tarde Fernando Brito. No fim do livro Da Inscrição, afirma sobre si próprio: «É, provavelmente, quem escreveu mais manifestos à face da terra» (Proença 2017: s/p).

[…]

O ofício múltiplo de Pedro Proença gera ainda uma explosão de heterónimos (nota bene: também será preciso voltar a isto); e esses heterónimos, por seu turno, têm uma multiplicidade de ofícios própria: escrevem, desenham, pintam, realizam instalações. Bernadete Bettencourt inventa fontes tipográficas, escreve poesia, cria livros de artista; John Rindpest faz instalações, encena textos a partir de estruturas da música barroca, traduz a Bíblia, cria poesia visual/concreta; Sóniantónia
e Sandralexandra escrevem livros, alimentam blogues, traduzem e ilustram Shakespeare; Sóniantónia é também escultora; Sandralexandra reinventa a mail art; Rosa Davida cria etiquetas, fontes tipográficas, faz pastiches de Gertrud Stein e Ludwig Wittgenstein; Pierre Delalande escreve poemas e autobiografias, cria capas de livros (antes de os escrever), cria painéis pela junção de diversas imagens. São muitos nomes, e cada um deles tem muitos ofícios. A obra in fieri conduz a uma inevitável sensação de vertigem […].

[Pedro Eiras]

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Autor

Pedro Eiras

Pedro Eiras nasceu no Porto em 1975. Desde 2001, publicou obras de ficção (Bach, Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa, A Cura), teatro (Um Forte Cheiro a Maçã, Uma Carta a Cassandra, Um Punhado de Terra, Bela Dona), ensaio (Esquecer Fausto, Tentações, Os Ícones de Andrei, Constelações, Platão no Rolls-Royce). Publicou vários livros em França, na Roménia, no Brasil. As suas peças de teatro foram encenadas e lidas em dez países. É Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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