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O Tamanho do Nosso Sonho É Difícil de Descrever - Antologia do Homoerotismo na Poesia Portuguesa

Victor Correia, Vladimiro Nunes, Artur do Cruzeiro Seixas

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Sinopse

Esta antologia pioneira colige 101 poemas de 101 poetas, clássicos e contemporâneos, para oferecer uma panorâmica abrangente sobre as representações — mais ou menos explícitas — do homoerotismo na poesia portuguesa ao longo dos séculos, desde a Idade Média até à atualidade. Representativa das diversas correntes, a seleção privilegia o valor histórico e literário dos textos, procurando revelar a forma plural como homens e mulheres têm abordado em verso, independentemente (ou não) das próprias vivências, o amor entre pessoas do mesmo sexo. Muitos dos autores expressaram, com diferentes graus de exposição, os seus sentimentos homoafetivos e homoeróticos. Outros abordaram o tema enquanto observadores, criando personagens ou evocando figuras da história, da mitologia e da literatura; exaltando corpos de (ou celebrando afetos entre) semelhantes; jogando com a ambivalência sexual. Outros, ainda, falaram da homossexualidade de modo satírico, deixando-nos um testemunho da sua época, interesses e mundivisão. Aos poemas acresce, em jeito de homenagem, uma criteriosa seleção de pinturas e desenhos do mestre Cruzeiro Seixas, cujo imaginário se ligou profundamente ao homoerotismo, no exercício da liberdade artística e sexual preconizada e vivida pelos surrealistas — uma atitude vanguardista de transgressão erótica que aproxima, em campo semântico, os conceitos de queer e surreal.

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Autor(es)

Victor Correia

Victor Correia frequentou a Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma (formação em Filosofia). Frequentou também o curso de piano, durante alguns anos. Concluiu a licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é pós-graduado em Formação Educacional, na mesma Faculdade, e tem o Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (formações obtidas antes do Processo de Bolonha). É doutorado em Filosofia Política e Jurídica, na Universidade da Sorbonne, em Paris. É pós-doutorado em Ética e Filosofia Política, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem exercido funções de docência na sua área de formação, e tem organizado e apresentado palestras em várias conferências. É membro de algumas associações científicas e culturais. Tem publicado diversos artigos em jornais, e em revistas nacionais e internacionais. Tem também alguns livros publicados.

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Vladimiro Nunes

Nasceu em Lisboa, em 1977. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e

Ingleses) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é jornalista, tradutor e editor.

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Artur do Cruzeiro Seixas

Decano da arte portuguesa e um dos grandes nomes do Surrealismo português e europeu, Artur do Cruzeiro Seixas nasceu em 1920, na Amadora. No seu longo percurso artístico, conta com uma fase expressionista, outra neo-realista e outra, com início no final dos anos 40, mais prolongada, em que integra o movimento Surrealista Português, ao lado de Mário Cesariny, Carlos Calvet, António Maria Lisboa, Pedro Oom ou Mário Henrique Leiria. Foi um dos seus precursores e atualmente é considerado um dos seus máximos expoentes, considerando-se que o surrealismo fantástico visível na sua obra tenha tido como principal inspiração o trabalho do artista De Chirico. É autor de um vasto trabalho no campo do desenho e pintura, mas também na poesia, escultura e objectos/escultura. No ano de 1952, foi viver para Angola, onde realizou várias exposições individuais e projetos na área da museologia. Em 1964, fugindo da guerra colonial que se vivia, decidiu empreender uma viagem pela Europa. No seu percurso conta inúmeras exposições individuais e coletivas em importantes museus e galerias, em Portugal e no estrangeiro, e com diversos prémios e distinções. Em outubro de 2012, a Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu-lhe a Medalha de Honra em forma de reconhecimento pela sua longa e sólida carreira artística, como pintor e poeta. Em outubro de 2020 foi agraciado pela Ministra da Cultura, com a Medalha de Mérito Cultural, "reconhecimento institucional, mas é também um reconhecimento pessoal de alguém que se junta aos muitos que o admiram e que em si reconhecem um olhar que sempre viu mais longe e mais profundo". Morreu a 8 de novembro de 2020, em Lisboa, prestes a completar 100 anos.

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