«Carlos Castaneda, sob a tutela de Don Juan, leva-nos por esse momento do crepúsculo, por essa fenda no universo entre o dia e a noite, até um mundo não apenas distinto do nosso, mas de uma ordem de realidade inteiramente diferente. (…) Mas esta não é uma mera narrativa de experiências alucinatórias, pois as subtis manipulações de Don Juan guiaram o viajante, enquanto as suas interpretações davam significado aos acontecimentos que nós, através do aprendiz de feiticeiro, temos oportunidade de experimentar.(...)
 «Castaneda afirma justamente que este mundo,apesar de todas as suas diferenças de percepção,tem a sua própria lógica interna.
Tentou explicá-lo a partir do interior,como era - por dentro das suas próprias experiências intensamente pessoais,debaixo da tutela de Don Juan -,em vez de o examinar em termos da nossa lógica.Se o fizesse,não teria sido inteiramente bem sucedido,não por causa das suas limitações pessoais mas porque a nossa cultura e a nossa linguagem são limitadas na sua percepção;contudo,com o seu esforço estabelece uma ponte entre o mundo de um feiticeiro yaqui e o nosso,entre o mundo da realidade não vulgar e o mundo da realidade vulgar.»