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Os Factos - Autobiografia de um Romancista

Philip Roth

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Sinopse

Os Factos é a autobiografia nada convencional de um escritor que mudou o nosso modo de ver a ficção - uma obra de irresistível franqueza e criatividade, particularmente instrutiva na revelação das interações entre a vida e a arte.

Em Os Factos, Philip Roth concentra-se em cinco episódios da sua vida: a infância urbana e protegida, nos anos trinta e quarenta; a preparação para a vida americana numa universidade conservadora, nos anos cinquenta; o envolvimento tumultuoso, quando era jovem e ambicioso, com a pessoa mais colérica que conheceu em toda a sua vida (a «rapariga dos meus sonhos», como Roth lhe chama); o choque frontal com um influente grupo de judeus indignados com o seu Goodbye, Columbus; e a descoberta, nos excessos dos anos sessenta, de um lado inexplorado do seu talento que o levou a escrever O Complexo de Portnoy.

O livro termina surpreendentemente - à boa maneira de Roth - com um ataque feroz do romancista às suas competências como autobiógrafo.

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Autor

Philip Roth

Escritor norte-americano, Philip Milton Roth nasceu a 19 de Março de 1933, na cidade de Newark, no estado da Nova Jérsia e faleceu a 22 de maio de 2018, em Nova Iorque. Filho de um mediador de seguros de origem austro-húngara, tornou-se num grande entusiasta de baseball aos sete anos de idade. Descobriu a literatura tardiamente, aos dezoito.
Após ter concluído o ensino secundário, ingressou na Universidade de Rutgers mas, ao fim de um ano, transferiu-se para outra instituição, a Universidade de Bucknell. Interrompeu os seus estudos em 1955, ao alistar-se no exército mas, lesionando-se durante a recruta, acabou por ser desmobilizado. Decidiu pois retomar os seus estudos, trabalhando simultaneamente como professor para poder prover ao seu sustento, tendo-se licenciado em 1957, em Estudos Ingleses. 
Inscreveu-se depois num seminário com o intuito de apresentar uma tese de doutoramento, e perdeu o entusiasmo, desistindo deste seu projecto em 1959. Preferindo dar início a um esforço literário, passou a colaborar com o periódico New Republic na qualidade de crítico de cinema, ao mesmo tempo que se debruçava na escrita do seu primeiro livro, que veio a ser publicado nesse mesmo ano, com o título Goodbye, Columbus (1959). A obra constituiu uma autêntica revelação, comprovada pela atribuição do prémio literário National Book Award. Mereceu também uma adaptação para o cinema pela mão do realizador Larry Peece. 
Seguiram-se Letting Go (1962) e When She Was Good (1967), até que, em 1969, Philip Roth tornou a consolidar a sua posição como romancista através da publicação de Portnoy's Complaint (1969, O Complexo de Portnoy), obra que contava a história de um monomaníaco obcecado por sexo. O autor passou então a optar por fazer reaparecer muitas das suas personagens em diversas narrativas. Depois de The Breast (1972), romance que aludia à Metamorfose de Franz Kafka, David Kepesh, o protagonista que se via transformado num enorme seio, torna a figurar em The Professor Of Desire (1977) e em The Dying Animal (2001). Um outro exemplo de ressurgência é Nathan Zuckermann, presente em obras como My Life As A Man (1975), Zuckermann Unbound (1981), I Married A Communist (1998, Casei Com Um Comunista ) e The Human Stain (2000). 
Tendo dado início a uma carreira docente em meados da década de 60, e que incluiu a sua passagem por instituições como as universidades de Princeton e Nova Iorque, Philip Roth encontrou muita da sua inspiração em incidentes e ambientes da vida académica.
Em 1991 publicou um volume dedicado à história da sua própria família, Patrimony , trabalho que foi galardoado com o National Critics Circle Award no ano seguinte, uma entre as muitas honrarias concedidas ao autor. 
Em 1997, Philip Roth ganhou Prémio Pulitzer com Pastoral Americana. Em 1998 recebeu a Medalha Nacional de Artes da Casa Branca e em 2002 o mais alto galardão da Academia de Artes e Letras, a medalha de Ouro da Ficção, anteriormente atribuída a John dos Passos, William Faulkner e Saul Bellow, entre outros. Ganhou duas vezes o National Book Critics Award. 
Em 2005, A Conspiração contra a América recebeu o prémio da Sociedade de Historiadores Americanos pelo «excecional romance histórico sobre um tema americano, relativo a 2003-2004», e foi considerado Melhor Livro do Ano por inúmeras publicações, entre elas: New York Times Book Review, San Francisco Chronicle, Boston Globe, Chicago Sun-Times, Los Angeles Times Book Review, Washington Post Book World, Time e Newsweek. No Reino Unido, Recebeu ainda o W.H. Smith Award para Melhor Livro do Ano.
Em 2011 recebe o Man Booker International Prize, prémio que procura destacar a influência de um escritor no campo da literatura. Trata-se de um reconhecimento do trabalho pessoal, e não de uma obra sua em particular. No ano seguinte, recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias, a maior distinção de Espanha.

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