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Os Últimos do Estado Novo

José Pedro Castanheira

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Sinopse

Do último director do Tarrafal à última entrevista de Salazar ‑‑ um livro que reúne reportagens sobre alguns dos principais derrotados do 25 de Abril e os episódios finais da longa ditadura. No seu papel de jornalista, José Pedro Castanheira teve oportunidade de conhecer e fazer vários trabalhos de investigação sobre alguns dos principais derrotados do 25 de Abril — o último director da censura, o último presidente do partido único, o último responsável do campo de concentração do Tarrafal, os membros do último Governo da ditadura, o último secretário particular de Marcello Caetano, o seu último porta-voz.

Este livro reúne esses trabalhos que o autor fez ao longo de 30 anos, aumentados e melhorados, paralelamente com grandes reportagens em torno de episódios e acontecimentos marcantes, precisamente por terem sido os derradeiros do género a ocorrer durante o Estado Novo: o último deportado, os últimos presos políticos, a última entrevista concedida por Oliveira Salazar, mas também as relações que este mantinha com o último chefe da sua polícia política. «Dos fracos, mas também dos acabados, dos abatidos, dos esgotados, dos desistentes, dos covardes, dos derrotados — dos últimos. De todos eles (quase) nunca reza não apenas a história mas também o jornalismo. Quando o faz, é habitualmente para exaltar e cantar os feitos e as virtudes dos seus contrários: os fortes, os corajosos, os persistentes, os resistentes, os vencedores, os heróis — os primeiros. […] Não me canso de dizer que no mundo, na vida, na história e, portanto, no jornalismo, como relato que deve ser da realidade e do quotidiano, há muito mais cores e matizes para além do preto e do branco. E que cabe ao historiador e ao jornalista pelo menos tentar ou esforçar-se por, como se fosse um pintor, ser fiel na captação das muitas cores da vida pessoal e coletiva, relevando os muitos raios de luz e brilho, sem esquecer o eterno jogo de sombras e penumbras.»— José Pedro Castanheira, Apresentação


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Autor

José Pedro Castanheira

José Pedro Castanheira nasceu em Lisboa em 1952 e é jornalista profissional desde 1974. Foi jornalista e chefe de redacção do diário A Luta, coordenou um gabinete de grande reportagem e investigação no semanário O Jornal e integrou durante 28 anos os quadros do semanário Expresso, de que foi repórter principal. Tem-se dedicado à grande reportagem e ao jornalismo de investigação, em particular sobre a história recente de Portugal e das ex-colónias. Ganhou alguns dos mais prestigiados galardões de jornalismo atribuídos em Portugal e foi presidente da direcção do Sindicato dos Jornalistas, bem como da Comissão Organizadora do 3.º Congresso dos Jornalistas Portugueses. Integra o júri das Bolsas de Investigação Jornalística, atribuídas pela Fundação Calouste Gulbenkian. É autor de uma dezena de livros, entre os quais Quem Mandou Matar Amílcar Cabral? (traduzido em Itália e França); A Filha Rebelde (em co-autoria com Valdemar Cruz, traduzido em Espanha e que inspirou uma peça de teatro e uma série televisiva); Macau: Os Últimos Cem Dias do Império; Os Dias Loucos do PREC (com Adelino Gomes); O Que a Censura Cortou; Um Cientista Português no Coração da Alemanha Nazi; e Jorge Sampaio: Uma Biografia, em dois volumes. Já em 2024, coordenou o livro Cristianismo e Marxismo em Debate nos Anos 70: Um Diálogo entre o Padre João Resina e o Filósofo Sottomayor Cardia. Na Tinta-da-china, editou A Queda de Salazar: O Princípio do Fim da Ditadura (em co-autoria com António Caeiro e Natal Vaz, 2018); «Olhe Que Não, Olhe Que Não!» Os Dois Debates Televisivos de 1975 entre Mário Soares e Álvaro Cunhal (em co-autoria com José Maria Brandão de Brito, 2020); e Os Últimos do Estado Novo (2023). Foi ainda um dos coordenadores de Era Uma Vez Jorge Sampaio: Histórias e Imagens (2021). Fora do jornalismo, escreveu, também na Tinta-da-china, Volta aos Açores em 15 Dias: Diário de Bordo de Uma Viagem para (não) Esquecer, distinguido em 2023 com o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga APE.

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