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Sinopse

De passagem pela província, dois cavalheiros de Varsóvia, um escritor e um encenador no outono da vida, dotados de fértil imaginação, convencem-se de que dois amigos de infância, Henia e Karol, com dezasseis anos de idade, tinham sido feitos um para o outro. Apesar de Henia estar noiva de um advogado e de os dois jovens não sentirem atração um pelo outro, os dois artistas não desistem de concretizar o seu desejo de ver consumada a união dos adolescentes.

Assim, não pouparão perversos esforços nem olharão aos meios necessários para arquitetar um conjunto de situações que levem os jovens a praticar atos em comum e a trair o noivo de Henia. Essas maquinações são, porém, perturbadas por uma imprevista reviravolta que envolve um homicídio acidental e outro premeditado, pelo que os dois artistas, repensando as suas intenções eróticas acabam também por se envolver em atividades sigilosas e criminosas, que passam por escrever bilhetinhos secretos, vigiar um refém e planear um assassínio. À medida que vão manipulando os jovens e o amor, fazem valer o seu desejo de poder e sedução, formando «uma estranha combinação erótica, um invulgar quarteto sexual», no âmbito do qual a palavra pornografia assume um significado peculiar.

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Autor

Witold Gombrowicz

Witold Gombrowicz (1904-1969), romancista e dramaturgo, é, a par de Joyce e Kafka, uma das vozes mais originais da literatura do século XX. Passou a infância e a adolescência em Varsóvia, onde estudou Direito a contragosto, estreando-se na escrita com contos e crónicas publicados em jornais nos anos 20. Em 1939, depois da publicação de Ferdydurke (1937) na Polónia, desembarcou na Argentina, onde a guerra o apanhou de surpresa e ele se exilou até 1963. Com parcos recursos e isolado dos seus, foi nesta segunda pátria que escreveu o grosso da sua obra – Transatlântico (1952), nas pausas do trabalho burocrático dum banco em Buenos Aires, Pornografia (1960) e Cosmos (1965) –, debatendo-se com o desinteresse dos círculos literários argentinos e da comunidade polaca expatriada. Mestre da provocação, «implacável caçador de mentiras culturais» segundo Bruno Schulz, brindou-nos com uma personalidade e convicções maiores do que a vida e com uma obra intemporal assente na recusa de espartilhos e convenções.  

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