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Sinopse

«Este é um livro de Economia Política. Assenta numa perspetiva interdisciplinar que dá valor às deliberações e aos processos fundamentais que estruturam a nossa vida coletiva, toma em conta as estruturas de poder e a envolvente institucional, sabendo que a economia funciona em contextos históricos, sociais e políticos precisos. É, além disso, um trabalho em que se lançam os fundamentos de uma “escola” de pensamento que é adequado designar-se estudos críticos da financeirização.
Este é, com efeito, o seu foco principal, como aliás decorre do título. Sendo um trabalho de elevada sofisticação teórica, tem igualmente um marcante relevo e uma forte originalidade empírica. Como deveria acontecer com todos os estudos económicos, trata de assuntos das nossas vidas, num dos momentos mais convulsos da contemporaneidade nacional, em que, no meio de debates intensos e de um aparente escrutínio coletivo, as transformações ocorrem muitas vezes nos subterrâneos do nosso quotidiano, de forma estrutural, mas também opaca. É, por isso, um trabalho destinado a revelar e dilucidar questões essenciais. E fá-lo com demonstrações abundantes.»
Excerto do prefácio de José Reis, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador do Centro de Estudos Sociais

Este livro constitui a primeira abordagem de economia política à financeirização do capitalismo em Portugal. Desafia a sabedoria económica convencional, que durante muito tempo ofuscou os efeitos perniciosos deste processo, reduzindo-o a uma benigna «modernização financeira». A estagnação prolongada e a crise económica exigem que se rompa com esta visão ideológica. Em alternativa, o livro propõe uma análise crítica dos mecanismos que explicam o peso que a finança adquiriu em múltiplas áreas da provisão de bens e de serviços, da habitação à segurança social, passando pelo sector da água. A tese principal do livro é a seguinte: a evolução do capitalismo em Portugal nas últimas três décadas foi marcada pela ascensão da finança, em geral, e da banca privada, em particular, determinando as principais dinâmicas socioeconómicas e políticas do país desde então. Tratou-se de um processo internacional que, no caso específico português, é devedor da integração europeia que finalmente culminou num Euro disfuncional.

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Autor(es)

João Rodrigues

Economista, investigador do Centro de Estudos Sociais, onde integra o Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade, e professor auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Doutorado pela Universidade de Manchester. A sua investigação tem-se debruçado sobre temas de economia política, da história do neoliberalismo à crise do Euro, sendo autor de diversas publicações nestas áreas.

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Ana Cordeiro Santos

Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde integra o Núcleo de Estudos sobre a Ciência, Economia e Sociedade. Economista, doutorada em Economia e Filosofia pela Universidade Erasmus de Roterdão, Holanda, a sua investigação tem incidido sobre as implicações epistémicas, sociais e políticas da ciência económica, nomeadamente o papel desta na construção de mercados e outras instituições sociais. Tem também abordado os temas da financeirização e o endividamento das famílias, participando em diversos projetos de investigação nestas áreas. O seu trabalho está publicado em livros e revistas científicas, nacionais e estrangeiras.

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Nuno Teles

Investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Doutorado em Economia pela School of Oriental and African Studies (SOAS), da Universidade de Londres, Reino Unido, os seus interesses de investigação centram--se nas áreas da financeirização da economia e do desenvolvimento. Membro do grupo Research on Money and Finance, é um dos autores do livro Eurozone in Crisis (Verso, 2012).

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