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Regresso da URSS - Seguido de Apontamentos ao Meu "Regresso da URSS"

André Gide

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Sinopse

Por ocasião da sua viagem à URSS, o escritor francês André Gide descobre, por trás de um aparente entusiasmo coletivo, um projecto sistemático de desindividualização.

«Ah! Porque não tinha eu vindo simplesmente como turista! Ou como naturalista, encantado por ali encontrar uma série de plantas novas, por reconhecer nos planaltos a “escabiosa do Cáucaso” do meu jardim... Mas não foi isso que vim procurar na URSS. O que me interessa é o homem, os homens, e o que pode ser feito com eles, o que tem sido feito com eles. A floresta que me atrai, terrivelmente densa, e onde me perco, é a das questões sociais. Na URSS estas questões interpelam-nos, pressionam-nos e oprimem-nos em toda a parte.»

Regresso da URSS, publicado pela primeira vez em 1936, e Apontamentos no ano seguinte, causaram sensação. Os dois livros mantêm-se um testemunho capital. As Publicações Dom Quixote recuperam-nos num único volume apresentado por Paulo Tunhas.

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Autor

André Gide

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1947

Escritor francês nascido a 22 de novembro de 1869, em Paris, e falecido a 19 de fevereiro de 1951, também na capital francesa.
André Gide foi criado no seio de uma família abastada e educado de uma forma muito puritana. Sentiu alguma dificuldade em ter sucesso nos estudos devido à sua saúde débil. Contudo, desde cedo mostrou apetência para a Literatura e a Poesia e, com apenas vinte anos, começou a publicar textos, bastante puritanos, em revistas escolares. Com 22 anos, publica o seu primeiro livro, Les Cahiers d'André Walter, totalmente financiado por si, mas o qual não assinou. A obra, que havia começado a escrever aos 18 anos, não conheceu grande sucesso, mas atraiu a atenção de escritores como Marcel Schwob, Rémy de Gourmont, Maurice Barrés e Maurice Maeterlinck. Nesta altura, Gide era uma artista do Simbolismo, tendência que deixou em 1895, quando publicou Paludes.
Só a partir de 1897, quando editou Nourritures Terrestres, é que André Gide começou a ser encarado como um verdadeiro escritor. Nesta obra, defendeu a doutrina do hedonismo ativo, ou seja o prazer como bem supremo. Desde então, o autor dedicou-se a examinar os problemas da liberdade individual e da responsabilidade, tendo entrado por vezes em conflito com a moralidade convencional.
Em 1909, Gide foi um dos fundadores da revista literária Nouvelle Revu, que se viria a tornar bastante influente no meio.
Tornou-se o mentor de toda uma geração que, na sequência da Primeira Guerra Mundial, se preocupava em conciliar a lucidez da razão com as forças instintivas.
Com Les Caves du Vatican, de 1914, Gide foi pela primeira vez acusado de ser anticlerical. Um ano após a sua morte, em 1952, o Vaticano incluiu todas as suas obras no Índice de Livros Proibidos.
Entre 1920 e 1924, publicou as suas memórias, onde revelou a sua homossexualidade. Em 1925, lançou aquele que foi considerado um dos seus melhores romances, intitulado Les Faux-Monnayeurs, onde o protagonismo foi dado à juventude parisiense, inclusivamente através de homossexuais, delinquentes e mulheres adúlteras.
André Gide passou entretanto a ocupar diversos cargos públicos, tanto a nível local como internacional. As suas deslocações ao Congo, Chade e União Soviética inspiraram alguns dos seus livros. Depois de se ter assumido como comunista, a visita à União Soviética deixou-o bastante desiludido e rompeu com o comunismo.
Entre 1939 e 1951, decidiu escrever e publicar os seus diários, onde falava de si e também dos seus amigos e de outros escritores.
Entretanto, em 1947 recebeu o Prémio Nobel da Literatura.
André Gide também escreveu peças de teatro no início do século XX e fez traduções de obras de William Shakespeare.


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