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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
- Categorias:
- Ano: 2022
- ISBN: 9789895661138
- Número de páginas: 192
- Capa: Brochada
Sinopse
Trata-se, além do mais, da história da vida local, traduzida no esforço dos habitantes de uma pequena aldeia que, à semelhança de tantas outras, ajudou a fazer grande a história de Portugal. Porque em cada momento do todo nacional, o tempo e o espaço apenas ganharam vida pela azáfama diária de homens e mulheres que, em terra firme ou desbravando mares, deram o melhor de si na construção das respectivas vidas e, com elas, escreveram a nossa História.
Não estamos, pois, perante uma peça de literatura erudita, mas o que a autora aqui nos oferece, na simplicidade da sua escrita, são pedaços da vida quotidiana de um passado muito recente, mas que parece já longínquo, tal a velocidade dos progressos civilizacionais. Foi reconhecendo a sua importância que a Academia Portuguesa da História decidiu apoiar esta edição, viabilizando aos actuais leitores e aos vindouros o conhecimento das lides que ajudaram a dignificar os habitantes da aldeia de S. Cristóvão e, com ela, o próprio quotidiano de Portugal.
MANUELA MENDONÇA (Presidente da Academia Portuguesa da História)
***
O tempo passa sem nos apercebermos de que tal está a acontecer e só quando paramos para pensar no que passámos na vida é que nos apercebemos que realmente esta é só uma passagem, que mal damos por isso já tem terminado. Mas nela passa-se muita coisa, pois a todo o momento estamos a viver coisas novas, diferentes, e quase sempre a evoluir, embora na altura não nos pareça, mas é a realidade.
Quando paro um pouco para pensar o que era a vida há cinquenta anos, a partir de quando me lembro do que via e ouvia à minha volta, eu própria me parece mentira como se vivia. No entanto, acredito que foi a partir daí que mais evolução houve no nosso país, diria mesmo, no mundo inteiro, muita coisa se criou e desenvolveu, em todos os campos. Mas nós nem dávamos por isso, era tudo tão lento que não dávamos por as coisas acontecerem, salvo algumas exceções, claro. Até essa altura, não havia desenvolvimento nenhum, na aldeia não tínhamos nada, comparando com o que há hoje, não havia plástico, água canalizada só nas grandes cidades e nem todas, não havia electricidade, os automóveis eram raros.
ZULMIRA CAEIRO
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