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São Flores de Amor, os Cravos de Abril - Ed. Especial

Lídia Praça

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Detalhes do Produto

Sinopse

Neste ano, em que se celebra os 50 anos do 25 de Abril começo a sentir um crescendo de saudade e de esperança e o desejo de habitar este espaço e este tempo, com intensidade, todos os dias, certa de já não poder viver a festa do centenário. Estremeço, porque não consigo pesar este tempo e apenas sinto que, estes 50 anos, passaram depressa demais. Há cinquenta anos eu era uma criança e vivia num país, neste meu país, em ditadura. Se tenho memórias? Sim, tenho. Se senti medo? Sim, senti o medo nos adultos que me rodeavam. Se os meus filhos sentem o 25 de Abril como eu sinto? Não, não sentem, nem podem sentir. Quem já nasceu em liberdade, não sente a falta do que sempre teve. Mas é importante ter conhecimento da história e, sobretudo, de criar a perceção de que a liberdade nunca está definitivamente conquistada.

Esta obra pretende celebrar o lado mais romantizado de Abril, que começou por ser um breve instante de coragem e de loucura. Um momento disruptivo entre o passado e o presente. Um momento continuado por estes cinquenta anos.

Para nós, tudo começou assim: “Aqui posto de comando do movimento das Forças Armadas…". Era o primeiro de muitos comunicados dos militares que fizeram o 25 de Abril e que foi lido pouco depois das 4 da manhã, no Rádio Clube Português, pelo jornalista Joaquim Furtado que se encontrava de serviço nessa noite e, inesperadamente, viu os estúdios tomados por oito militares. E continuava: “O Movimento das Forças Armadas apela para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma.”

Nestes 50 aos construiu-se um regime político assente na Democracia: constitucional, representativa, direta, social, defensora da separação de poderes e do primado da lei. Todavia, a democracia não é um regime perfeito, desde logo porque é uma construção política do homem e é prosseguida e exercida por homens e eles, já sabemos, não são (não somos) seres de perfeição. A democracia também não é o destino, mas a viagem e por isso, em face de constrangimentos, mudanças, desvios, alterações várias, tantas vezes, nesta caminhada, é necessário, com mais ou menos intensidade, impor correções para, então, continuarmos no caminho desejado de uma sociedade livre, igual, inclusiva, justa, solidária e desenvolvida. Uma sociedade que acima de tudo, não esqueça as gerações mais jovens. Uma sociedade que não permita que um em cada três jovens, nascidos em Portugal, deixe o seu país.

É urgente continuar a cumprir Abril. Este, é o desejo de Paulo e de Clara, os personagens deste romance que nunca desistiram do seu sonho!

NOTA DO AUTOR


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Autor

Lídia Praça

Lídia Praça nasceu em Bragança. Licenciou-se em Direito, na Universidade Católica e obteve uma pós-graduação em Estudos Europeus. É jurista e quadro superior dirigente da Administração Publica.

Foi perita do Estado português, na direção-geral da concorrência, da União Europeia, em Bruxelas e membro do grupo interministerial no II plano nacional para a igualdade, cidadania e género.

Foi assessora do secretário de estado da juventude e desporto, no XIX Governo Constitucional.

Foi presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, vogal do conselho de administração da Movijovem e vogal da comissão liquidatária da Fundação para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação.

É embaixadora de ética desportiva, vice-presidente nacional da União Hispanomundial de Escritores, membro do conselho consultivo do Observatório do Mundo Islâmico e secretária do conselho fiscal. É membro da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas e membro honorário do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora.

Em 2021, recebeu o prémio César Vallejo à excelência na defesa da paz e justiça social e em 2022, o prémio Águila de Oro à excelência humanística.

É autora de artigos de opinião, em órgãos de comunicação social, participa em programas de televisão e é conferencista em colóquios, conferências e seminários, na área da lei e da justiça e, também dos direitos humanos.

Tem vários livros publicados, destacando-se nos contos e narrativas, romance e poesia.

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