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Sinopse

«Sexo 20 é uma narrativa sobre a relação entre um neto e um avô, o avô Lindolfo, personagem invulgar como o seu nome, filósofo libertário, hedonista praticante, desenterrado e ressuscitado pelo primeiro, autor do gesto de religar a ossatura desse ascendente que morrera na passagem do século XIX para o XX. "Um avô reconstrói-se como um país: muita fé, persistência e o mínimo de ladainhas". No regresso aos dias, Lindolfo despacha assim, com estes termos pícaros, a sua biografia: "Vim do Minho aos trambolhões, numa diligência de merda, atado com cordas, a tempo de ser benzido aqui em Sintra pelo padre Moraes que me perdoou tudo, incluindo até o que eu não tivera oportunidade de fazer". Importante também referir que o literário programa arranca com apetitoso isco nonsense: "É proibido colher flores - disse o morto que zelava pelo cemitério. e sorriu porque sabia que o sexo depende da beleza dos dentes incisivos".
Isso: dava uma boa campanha para um dentífrico. (...) a acção ocorre no ano de 1975, em ambiente de desentendimentos políticos e sociais muitos e alguns eróticos regabofes. Assinale-se, a propósito, que o veterano Lindolfo tem uma fome sexual própria de quem está a descobrir o dicionário da lascívia. (...) E, como se costuma dizer dos melhores amigos, um feitio lixado.»
Nuno Costa Santos, in «Observador», 27 de Maio de 2017

«Nem quero falar de mortos. de gente viva, pois. E é bem vivo que o Santos Fernando me aparece em Caldas da Rainha, no Verão de 65. Grande corpo, grande copo, bom garfo, grande Amigo. Uma presença aberta em riso no gozo vivido de estar. Uma gentileza e uma delicadeza de sentimentos que espantavam. (...) Nós (eu, o Vítor Silva Tavares) chamávamos-lhe o Homem Gordo, ligando o físico bojudo à larga compreensão, à grandeza de alma (para empregar um termo cristão) de que ele escuberava, numa bonacheirice que se julga ser apanágio quanto mais bochechudos dos gordos (não é, às vezes pior) e em Santos Fernando era dádiva, era superioridade inata, era decerto a resultante do seu fundo conhecimento da sociedade errada que o rodeava, de que foi vítima como tantos mas não lhe roubou nunca a alegria de viver.»
Luiz Pacheco, in «Diário Popular», 16 de Dezembro de 1976

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Autor

Santos Fernando

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