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Detalhes do Produto

Sinopse

"Ofereces-me uma pedra negra mágica que trazes do norte
e as minhas palavras e as minhas mãos detêm-se sem saber
por quanto tempo irão ficar na soleira da noite e do dia
tacteamos os corpos em busca de memórias adormecidas
ocultas por sucessivas camadas de palavras por dizer
deslizamos para o chão sem resposta e o fumo sobe
equilibra-se em nuvem sobre as nossas cabeças e evola-se
em direcção a uma lua vermelha momentaneamente apagada
ao som do bob marley fazes as malas e partes e eu fico
a arrumar as minhas mãos e as palavras atrapalhadas
no fumo desorientado pela ausência de um ponto cardeal
junto cuidadosamente os teus cabelos rubros perdidos
entranço uma bola de fogo e guardo-a na memória
acendo uma dúzia de paus de incenso e imagino uma igreja
de adoradores do silêncio que escorre por entre as preces
a tua pedra negra regressa à minha mão fechada
e ilumina como um sol a minha noite em claro
virás por uma palavra?"

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Autor

Carlos Alberto Machado

Lisboa, 1954. Vive nas Lajes do Pico (Região Autónoma dos Açores). Licenciado em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa e Mestre em Sociologia da Comunicação e Cultura pelo ISCTE, em Lisboa. Professor, dinamizador cultural, editor, ensaísta, poeta, dramaturgo e encenador. Foi professor de teoria e investigação nas Licenciaturas em Teatro da Universidade de Évora e da Escola Superior de Teatro e Cinema. Como autor e editor, colaborou com várias revistas, entre as quais a SetePalcos, Adágio, Belém, Periférica, Boca de Incêndio, Três Três, A Sul de Nenhum Norte, Telhados de Vidro, Atlântida, Azorean Spirit, Enfermaria 6 , Flanzine, transeatlântico, Grota, Olga (Espanha) e Poezija (Croácia), tendo sido também co-director da revista Magma. É autor de ensaios de crítica e história do teatro – tais como Teatro da Cornucópia: As Regras do Jogo (Frenesi, 1999); Centro Dramático de Évora: 25 Anos em Cena – CCE/CENDREV 1975-2000 (Cendrev, 2000); e, ainda no domínio do ensaio sobre a história do teatro em Portugal, participou também em obras de referência: Fragmentos da Memória. Teatro Independente em Portugal – 1974-1994 (Acarte, 1994); José Manuel Castanheira. Scénographies 1973-1993 (Centre Georges Pompidou/Nobilis, 1993); e José Manuel Castanheira. Une Ruine en Construction (Centre Georges Pompidou/Nobilis, 1993). Principais obras: Hotel dos Inocentes (romance, Companhia das Ilhas, 2019), O Universo & outras Ficções (contos, Companhia das Ilhas, 2019), Puta de Filosofia (romance, Companhia das Ilhas, 2018), O Mar de Ludovico (novela, Companhia das Ilhas, 2017), Pés no Charco (poesia, Do Lado Esquerdo, 2017), 12 Histórias para a Inês (ficção infanto-juvenil, não edições, 2017), Novas Estórias Açorianas (ficção, Companhia das Ilhas, 2016), A Paisagem num Dia algo Nublado Vista com Óculos de Sol com Lentes Polarizadas (com Nuno Morão, poesia, não edições, 2016), Pôr as Pernas do Lado da Cabeça e Partir (poesia, edições 50kg, 2015), Teatro Reunido. 2000-2010 (13 peças reunidas, Companhia das Ilhas, 2014), Hipopótamos em Delagoa Bay (romance, Abysmo, 2013), O Gato Visitador (poesia, Volta d’Mar, 2013), Estórias Açorianas (ficção, Companhia das Ilhas, 2012 – integra o Plano Regional de Leitura dos Açores, e o Plano Nacional de Leitura), Uma Viagem Romântica a Moscovo (Companhia das Ilhas, 2012, nova ed. 2017), Registo Civil. Poesia Reunida (Assírio & Alvim, 2010), 5 Cervejas para o Virgílio (teatro, & etc, 2009), Talismã (poesia, Assírio & Alvim, 2004), A Realidade Inclinada (poesia, Averno, 2003), Mito, seguido de Palavras Gravadas na Calçada (poesia, & etc, 2001), Teatro da Cornucópia. As Regras do Jogo (ensaio, frenesi, 1999). Participações/Inclusões: – Casa, Coimbra, Do Lado Esquerdo, 2016. – Poesia, Um Dia. Poetas em Ródão (dir. Jaime Rocha), Lajes do Pico, Companhia das Ilhas, 2016. – Persona, Coimbra, Do Lado Esquerdo, 2015. – O Desejado. Robot Bimby (org. Jorge Corvo Branco), Lajes do Pico, Companhia das Ilhas, 2015. – Poesia, Um Dia (dir. Jaime Rocha), Lajes do Pico, Companhia das Ilhas, 2014. – 40 X Abril. Poesia e Ilustração (org. Rui Portulez) Lisboa, abysmo, 2014. – Em Lisboa, Sobre o Mar. Poesia 2001-2010 (org. Ana Isabel Queiroz, Luís Maia Varela e Maria Luísa Costa) Lisboa, Fabula Urbis, 2013. – Poemário Assírio & Alvim (vários anos, desde 2010). – Poetas sem Qualidades (org. Manuel de Freitas), Lisboa, Averno, 2002. – Dramaturgias Emergentes 2 (Cadernos Dramat, Nº 6, Teatro Nacional S. João/Cotovia, 2001).

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