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Sinopse

De onde vimos e para onde vamos todos, o velho Portuscale - assim chamado em todo o livro - e o clube europeu a que ele aderiu há apenas três décadas e meia? Um autor - que de si diz ser vários, incapaz de se reconhecer numa só voz - escreve, com os seus outros Eus, um balanço de vida que, como Janus, olha ao mesmo tempo para passados, presentes e futuros.

Balanço das revoluções que prometiam mudar o mundo, dos caminhos portuscalenses que nos tornaram numa democracia liberal vai para cinquenta anos, de percursos pessoais e seus fantasmas, desejos de mudança; e vasto dealbar por estradas principais, atalhos e perdições de cada um: eis o Tranglomanglo, a quem a Nau Catrineta nos vai levando como o vento, cedo ou tarde - dizem - tudo leva.

A viagem conduz os narradores às literaturas modernas que contaram os mundos desse antigo Portuscale, à sua agonia em Alcácer-Quibir, aos escritos de uma muito hedonista alumbrada espanhola que cem anos depois da anexação filipina se refugiou entre nós, a uma Nova História das Revoluções que ficou por escrever, a um Museu do Erro que nos teria feito entender as nossas más relações com a Natureza e a um Rimance Politikês que vive mal com vícios de poderes e potentados. Mas o autor e um dos seus Eus adoecem e têm pressa de concluir a reflexão em que se lançaram. Face ao mau passadio do mundo, perguntam a uma amiga mais jovem “Que fazer” - canónica questão que exprime as suas tardias incertezas - e também ela lhes pede que escrevam o que guardaram da História e suas estórias. Porque, como diz um deles, “não há realidades sem ficções que as cantem nem ficções sem realidades a que aludam”.  

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Autor

João Maria Mendes

João Maria Mendes foi professor e jornalista e é o autor de A mulher do terrorista (prémio Ler/Círculo de Leitores), de Tu morrias (romances) e de vários ensaios sobre arte e literatura, entre eles Por quê tantas histórias, Sentidos figurados, Culturas narrativas dominantes – o caso do cinema e Fulgorizações – espaço edénico, realidade e fantástico na obra de Maria Gabriela Llansol. Escreveu também uma Crónica da Pandemia editada como e-book pelo jornal Público. Licenciou-se em Filosofia na Universidade de Lovaina e doutorou-se em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa.

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