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Sinopse
Existem demasiados racismos verdadeiros para nos pormos a inventar racismos imaginários. Há trinta e cinco anos que o termo «islamofobia» aniquila qualquer opinião crítica acerca do islão. Ora, uma grande religião como o islão não é redutível a um povo, pois tem uma vocação universal. Poupá-la à prova de um exame, realizado desde há séculos ao cristianismo e ao judaísmo, é encerrá-la nas suas dificuldades actuais. E condenar para sempre os seus fiéis ao papel de vítimas, ilibados de toda a responsabilidade pelas violências cometidas em seu nome. Desmontar esta impostura, reavaliar o que se chama «o regresso do religioso» e que é, ao invés, o regresso do fanatismo, celebrar a extraordinária liberdade que a democracia dá aos cidadãos, o direito de crer ou de não crer em Deus: estes são os objectivos do presente ensaio.
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