Do trabalho cenográfico de J. Manuel Castanheira resulta uma vertente plástica consistente
que o autor vem trabalhando há vários anos e que se manifesta em pinturas e estudos que
foi produzindo.
Como refere Pais Barroso, a sua pintura procura um destino, um caminho para além da
relação com as maquetas, com a cenografia e com o espectáculo.
Este é um livro de encontros entre Artes, Arquitectura e Pintura.
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José Manuel Castanheira
Arquitecto, Cenógrafo e Pintor. Natural de Castelo Branco.
O imaginário da Beira Baixa e da sua cidade natal, tem uma presença marcante no quotidiano da sua obra.
Doutorado em Cenografia e Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa onde é professor desde 1982. Realizou a sua primeira cenografia em 1973. Desde então desenvolve intensa actividade no teatro contando com mais de 300 cenografias realizadas em 15 países.
Exposições antológicas da sua obra foram apresentadas na Fundação Calouste Gulbenkian, Centre Georges Pompidou – Paris, Festival Internacional de Almada, Museu Extremeño Ibero Americano Arte Contemporânea – Espanha, CAE (Figueira da Foz). Em 1995 integra o júri mundial da Quadrienal de Cenografia e Arquitectura de Praga. Dirigiu estágios e seminários em Universidades e outras Instituições em Portugal, Espanha, Brasil, Bélgica, França, República Checa, Croácia, Grécia, Itália, Cuba, México e Suiça. Em 2017 integra os júris de doutoramentos da Universidade Sorbonne Nouvelle/Paris. Eleito membro da Real Academia de Belas Artes de Espanha (2010) e da Academia de Artes Cénicas de Espanha (2019). É o coordenador para a Europa do projecto TELA-Teatros da América Latina (OISTAT-UNESCO).
Em 2019 a convite dos prémio Pritzker de Arquitectura RCR/ Barcelona integra o Open Summer Workshop. Na Cenografia de Exposições concebeu dispositivos para exposições como: Fábulas La Fontaine/F. Gulbenkian/1994, Pavilhão de Portugal/ Expo98, Peregrinação-O Voo da Cegonha/Expo98, Anti-galeria/ARCO, Madrid/2001, É proibido proibir!/MUDE, Lisboa/2009 e Um homem chamado Romeu Correia, Museu Cidade Almada/2017. Em 2002 faz a cenografia para o filme Vai e Vem de João César Monteiro.
Na Arquitectura Teatral fez o projecto de reabilitação do Teatro Gregório Mascarenhas (Silves), foi consultor para a construção dos Auditórios da Culturgest/CGD(Lisboa) e coordena actualmente o projecto de reabilitação do Cine Gardunha (Fundão).
É autor dos livros: Castanheira-Cenografia, Desenhar Nuvens, Viriato Rey, O Tempo das Cerejas, Frei Luís de Sousa, Fausto/ Pessoa, Reinar Después de Morir, Panoramas Imaginários e coautor de Catorze Histórias Incríveis ou o Fabuloso Imaginário das Lendas da Beira Baixa (com Fernando Paulouro) e Viagem a Itália (com Pedro Castanheira).
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